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Foto do escritorSindicato dos Bancários

Bancos implementam ações para proteger funcionários do coronavírus


Escritórios de instituições financeiras no Brasil ainda não adotam ‘home office’ abrangente

Os bancos brasileiros e estrangeiros que atuam no país começaram a adotar medidas para proteger seus funcionários do coronavírus, mas ainda sem recorrer a ações mais drásticas, como permitir “home office” para todos os funcionários. Centro financeiro do país, a região da Avenida Faria Lima, na zona sul de São Paulo, já concentra alguns casos confirmados de coronavírus. Funcionários do Itaú Unibanco, XP e Mastercard, por exemplo, estão entre os diagnosticados. O mesmo acontece com um trabalhador do escritório da siderúrgica CSN na região.

Segundo o Itaú, dois funcionários doentes foram afastados e estão em casa, sem contato com demais colegas. "O Itaú Unibanco segue instruindo seus colaboradores com medidas preventivas e orientando-os para casos suspeitos, inclusive com canais internos dedicados ao tema para apoio às equipes", diz o banco. Como medida adicional de prevenção, nas áreas do banco com possibilidade de home office, os colaboradores que estiveram em países de maior risco ou tiveram contato com casos suspeitos/confirmados, mesmo que não apresentem sintomas, foram liberados para trabalhar de casa pelo período de 14 dias.

O Bradesco afirmou que tem disponibilizado conteúdos informativos aos funcionários, criou uma central de atendimento exclusiva para esclarecer dúvidas e que a equipe de saúde do grupo acompanha quem voltou do exterior. “Para situações específicas o banco gerencia licença de 15 dias com acompanhamento médico" , diz o Bradesco. Profissionais que viajam com frequência para o exterior estão sendo orientados a reavaliar a urgência dessas viagens, mas não há proibição. A indicação é que sejam feitas apenas viagens de extrema necessidade.

O Banco do Brasil afirma que tem promovido campanhas informativas e adotou quarentena profilática para funcionários que viajaram para países com maior risco. “Além disso, iremos oferecer a vacina contra a gripe para todos os funcionários, o que pode vir a auxiliar no diagnóstico diferencial de casos de Covid-19. Os planos de contingência foram atualizados para eventual necessidade de acionamento”, afirmou a instituição. Já o Citi, que alterou a rotina do escritório em Buffalo (NY), mantendo parte dos funcionários em casa, aqui no Brasil ainda não adotou medidas tão fortes, mas restringiu viagens para países como Coreia do Sul, China, Itália e Irã.

“A saúde e segurança de nossos funcionários, de suas famílias, dos nossos clientes e das comunidades em que atuamos são prioridades para o Citi no Brasil e no mundo. Estamos tomando medidas proativas para preservar a saúde e segurança de todos, mantendo a continuidade dos nossos negócios sem impacto. Temos planos de contingência locais e regionais em vigor bem estabelecidos”, diz o banco.

O Citi afirma ainda que está monitorando a situação de perto, ajustando as operações e fornecendo informações e orientações diariamente às equipes, órgãos reguladores e governos locais.

Bolsas

Nos EUA, a bolsa de Nova York limitou o acesso ao pregão físico, onde operam traders de diversas empresas, que não poderão mais circular por outras dependências da companhia. Por aqui, procurada a B3 afirmou que tem seguido as orientações do Ministério da Saúde e que o foco no momento é em prevenção. A operadora da bolsa ressaltou que tem uma estrutura já montada de trabalho remoto e planos de contingência que, na necessidade de serem implementados, “estão atualizados e rodando”. “Temos também um Comitê de Gestão de Crises multidisciplinar com integrantes da área de saúde, pessoas, comunicação e continuidade de negócios que está acompanhando de perto a evolução do coronavírus, com boletins diários que são repassados para as lideranças da organização”, diz a B3.

A Mastercard havia confirmado na semana passada o diagnóstico de um funcionário com coronavírus. Na ocasião, afirmou que seguindo conselho das autoridades de saúde pública fechou os escritórios em São Paulo e Harrison (NY), onde ele foi contaminado. Os funcionários que estiveram em contato com o doente e apresentaram potenciais sintomas foram orientados a procurar atendimento médico e trabalhar em casa por 14 dias. Ontem, a XP confirmou o segundo caso de coronavírus na empresa e, apesar de afirmar que as atividades continuam normalmente, liberou o home office para todos os colaboradores que preferirem trabalhar de forma remota. A XP Expert, que seria realizada em Belo Horizonte em abril, foi adiada para setembro. O evento programado para o começo de julho em São Paulo não teve ainda alteração.

Valor

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