BANCO ITAÚ COBRA METAS E IMPLANTA O “SQV” PARA PUNIR FUNCIONÁRIOS!

Desde sempre alertamos a todos os bancários que as metas “inatingíveis” devem ser contestadas com suas chefias, antes de coloca-las em prática. Também contestamos aquele vendedor “nota 10” apregoado pelas chefias, pois eles destoam dos demais, sobrecarregando aqueles que seguem as orientações do banco central e evitam a chamada “venda casada”. Certa vez, em uma agencia de um grande banco brasileiro na cidade de Sorocaba, dois funcionários foram contemplados com uma viagem para um Resort maravilhoso, com estadia paga por uma semana, por atingir as metas com excelência. Ao retornarem da viagem receberam a carta de demissão por “justa causa” por atitudes ilícitas adotadas pela dupla na venda dos produtos. Estes incautos, quando menos esperam são surpreendidos por auditorias que terminam com sua carreira da pior maneira possível, a “justa causa”. Foram inúmeros os demitidos do Itaú, por estes motivos, que a maioria dos colegas já tem conhecimento. Levem em consideração que mesmo com as demissões, os bancos continuam lucrando, pois os produtos foram vendidos e poucos reclamam. “Os bancos nunca perdem e quem recebe comissão por aquelas vendas, também não!” Comenta Carla Mazzulo, dirigente sindical e funcionária Itaú. O Sistema de Qualidade de Vendas (SQV) foi implementado pelo banco Itaú há um ano, avaliando os funcionários nos seguintes indicadores: -Nível de cancelamento de produtos; -Cancelamento de produto seguido de nova contratação; -Concentração de vendas no mesmo CPF; -Ressarcimento; -Cancelamento de crédito; -Reclamações; -Ações cíveis; Todos estes sete itens estão ligados diretamente ao cumprimento das metas abusivas, ou a indução individual/coletiva da venda casada, para o seu cumprimento. Na sequencia, em constatada qualquer das irregularidades acima, é dada advertência ao colaborador, que são transformadas em justa causa futura. O grande perigo está nas orientações que são dadas aos bancários daquele banco, para que os produtos sejam vendidos a qualquer custo (tem funcionário que é conhecido por vender “até figo podre” de tão bom em vendas) e os clientes acabam reclamando para o movimento sindical, principalmente os idosos (mais sensíveis), que alguns funcionários dizem se não vender o produto, serão demitidos. Eles acabam comprando o produto, sem saber direito o que comprou e quando a família toma conhecimento, retorna ao banco para pedir o cancelamento da venda. Você conseguiu ver a infração de um dos itens neste caso? Nosso alerta começa tomar corpo e as vendas começam chegar ao limite, pois quem tem conta em banco, quase que obrigatoriamente é assediado adquirir um produto para ter seu desejo alcançado (empréstimo, financiamentos, entre outros). Aqueles que já perderam o emprego costumam comentar o arrependimento que sentem em cumprir cegamente as orientações e terem sido penalizados com a perda do emprego, enquanto que os mandantes continuam empregados. Se servir de consolo, é melhor perder o emprego por não atingir as metas mas sair de cabeça erguida e por “justa causa” e ter dificuldades em encontrar outro emprego? É necessário discutir este assunto internamente com os cobradores de metas, seja ele quem for, para evitar prejuízos pessoais no futuro! SQV - Dados informados pelo banco Desligamentos até o momento - 10 Advertências: - 124 até fevereiro (Entre a primeira e segunda advertência até janeiro foram 103 sendo que da primeira foram 90%). -189 março -108 abril Foram 6% as recomendações de desligamentos sendo que não foram aplicadas. Tem hoje no banco cerca de 12 a 15 mil gestores.

SEEB Sorocaba

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