Cerca de 60 funcionários da Santa Casa de São Roque, entre técnicos de enfermagem, administrativos e recepção, iniciaram uma paralisação e realizam manifestação em frente ao hospital na manhã desta quinta-feira (21). Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Sorocaba e Região (Sinsaúde), Milton Sanches, muitos profissionais estão dentro da Santa Casa sob ameaça de perder o emprego. "Encheram o local de policiais e seguranças para intimidar o ato." Entre os motivos da paralisação, destaca, está o não pagamento do dissídio coletivo de 9,82%, que deveria ter sido feito em maio, data-base da categoria. O atendimento no hospital segue normalmente e mais de 30% dos 400 trabalhadores seguem em atividade. Segundo Sanches, deste maio, quando a Santa Casa de São Roque, que está sob intervenção da Prefeitura, passou a ser administrada pela organização social Fenaesc, através de contrato emergencial, os direitos trabalhistas estão sendo desrespeitados. Em junho, conta o presidente do sindicato, cerca de 50 trabalhadores dos setores copa e higiene foram demitidos e obrigados a assinar o aviso prévio de forma retroativa. "Isso é crime e a Prefeitura de São Roque finge que não sabe do problema", acusa. Os profissionais também tiveram as verbas rescisórias parceladas, de acordo com Sanches, e foram contratados novamente por salários mais baixos e sem direito a convênio médico. Em maio, assim que assumiu a administração da Santa Casa de São Roque, a Fenaesc informou, durante entrevista coletiva, que todos os funcionários seriam mantidos. Na manhã desta quinta-feira, a organização social, com sede em Barueri, foi procurada pelo Cruzeiro do Sul via telefone e e-mail, mas até o momento não respondeu a nenhum contato. A Prefeitura de São Roque informou, através de assessoria de imprensa, que deve se manifestar até o início da tarde.
Fonte: Cruzeiro do Sul