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Foto do escritorSindicato dos Bancários

Funcionários do BB tiram dúvidas quanto a reestruturação do banco, PLR, Cassi, Previ e Economus no s


Ontem, dia 28 de abril, o Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região promoveu uma reunião entre os funcionários do Banco do Brasil da base e com a presença de Jefferson Boava, ex-presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas, funcionário do Banco do Brasil e vice-presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB SP/MS). A diretoria do sindicato de Sorocaba também esteve presente na reunião.

O encontro teve como objetivo o esclarecimento dos bancários do BB sobre assuntos como Cassi, Previ, Economus e a reestruturação que o banco vem fazendo ultimamente. Jefferson também explicou um pouco sobre o sistema financeiro brasileiro, que está em crise devido à queda de rentabilidade. “Mesmo assim, os bancos têm sim como atender as reivindicações dos bancários, mas dizem que não!”, explica.

Segundo Jefferson, os dois pilares da reestruturação que vem sendo feita nos bancos brasileiros, são o esvaziamento do quadro administrativo e a digitalização das agências. “Os bancos privados demitem quando querem reduzir despesas. Como o BB não pode fazer isso – por conta de uma proibição constitucional – optou pela redução da folha através de redução das despesas administrativas de três formas: fechando agências, incentivando o PAI (Programa de Aposentadoria Incentivada) e não contratando mais.

A estratégia deu certo, pois num prazo de três anos o BB reduziu o número de funcionários de 112 mil para 109 mil em todo o território nacional. O banco também iniciou um processo de segmentação de carteiras de clientes, onde correntistas de até R$ 2mil são atendidos nos correspondentes bancários e clientes com renda acima de R$ 4.500 mil migram para atendimento em escritórios de negócios. “Clientes com renda entre R$ 2mil e R$ 4.500 mil ficam nas agências de varejo, que irão passar por um processo grande de enxugamento do quadro de funcionários. Com o processo – aliado à digitalização – a quantidade de autenticação nos caixas já caiu em um milhão, dando liberdade e argumento para o banco cortar número de caixas no Brasil inteiro”, diz.

Jefferson explica que em algumas cidades já está havendo o fechamento de agências e a abertura de escritórios de negócios. Ele diz que no início isso não chega a ser um problema, mas no longo prazo irá gerar complicações diversas, principalmente quanto ao conflito de atendimento de carteiras e o descomissionamento.

RISCO PARA A CARREIRA PÚBLICA

Outro fantasma que espreita os funcionários dos bancos públicos é o Projeto de Lei (PL) 257/2016, enviado no dia 22 de março pelo governo ao Congresso Nacional, com a desculpa de promover uma reestruturação fiscal “duradoura e sustentável” no país. Esse projeto objetiva diminuir os custos da “máquina” do Estado através de medidas como a suspensão dos concursos públicos, congelamento de salários, não pagamento de progressões e outras vantagens (como gratificações), destruição da previdência social e revisão dos Regimes Jurídicos dos Servidores estão entre as medidas nefastas a serem implementadas caso o projeto seja aprovado.

Por tramitar em caráter de urgência constitucional, o projeto deve ser votado até o dia 6 de maio e encaminhado ao Senado, que terá mais 45 dias para apreciar a proposta, que penaliza todos os servidores públicos brasileiros.

FALSAS OPORTUNIDADES

Segundo Jefferson, o banco prega a seus funcionários, que todas as mudanças (incômodas) geram oportunidades. Mas isso não é verdade, pois num quadro de retração, onde estão as reais oportunidades? Ele explica que toda e qualquer situação irregular ou anti-sindical, deve ser relatada aos dirigentes sindicais que visitam as agências, pois eles farão com que essas reivindicações e denúncias cheguem à mesa de negociação com o banco. “Porque depois que o empregador executa uma ação, dificilmente ele volta atrás”.

PLR

Outra ilusão está na divulgação dos lucros dos bancos, que ficam em 10% no exterior, enquanto aqui no Brasil, estão em 28%! Muitos funcionários do BB reclamam que sua PLR está vindo menor que no ano anterior. Para Jefferson isso acontece porque os lucros reais do banco estão em queda, apesar do anúncio de alta. “O lucro do banco aumenta artificialmente através da venda de ativos. Porém, a venda desses ativos gera uma perda de capacidade de lucro futuro, resultando em PLR menor”.

Jefferson também desmistificou o cálculo da PLR e explicou o porquê dos menores salários receberem uma porcentagem maior dela, como forma do banco ‘compensar’ quem ganha menos.

SEEB Sorocaba

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