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Foto do escritorSindicato dos Bancários

Bandidos explodem caixas eletrônicos na zona norte


Criminosos armados com bombas explodiram dois caixas eletrônicos do banco Santander na zona norte de Sorocaba, na madrugada de ontem. Ninguém ficou ferido, e um dos caixas foi completamente destruído na explosão - o dinheiro roubado não teve valor divulgado. Outro caixa foi parcialmente danificado e um dos artefatos explosivos precisou ser retirado e detonado em outro local por uma equipe do Esquadrão de Bombas da Capital paulista. Ninguém foi preso.

Por volta das 2h30 foram ouvidas as explosões, que assustaram os moradores. A Polícia Militar foi ao local, na Avenida Itavuvu, e preservou o lugar até a chegada dos especializados em bomba da PM. A Itavuvu, no sentido do bairro, teve de ser interditada por algum tempo, o que causou congestionamento.

O Esquadrão de Bombas, pertencente ao 4º Batalhão de Choque de São Paulo, saiu da Capital logo pela manhã, e com uso de trajes antifragmentação, verificaram que uma bomba tinha explodido e a outra apenas uma parte. De acordo com o sargento Edson Luiz Ruiz, que estava no comando da operação, os artefatos tratavam-se do tipo "emulsão explosiva". É a popular dinamite em forma de banana, com pavio.

A bomba foi levada a um campinho de futebol afastado, em um terreno nos limites da Avenida Itavuvu, onde foi detonada em segurança pelo próprio capitão. "É um trabalho perigoso e calculado, pela complexidade envolvida no assunto. Temos de verificar o material deixado, e como está montado, isso é o mais importante", explica.

O caso foi registrado pela Polícia Militar na delegacia do plantão norte e segue para investigação pela Polícia Civil.

INVESTIMENTO - Na segunda-feira, por ocasião da posse do coronel Antônio Valdir Gonçalves Filho no comando do CPI-7, o coronel Ricardo Garamboni, comandante geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, comentou sobre o ataque de bandidos em caixas eletrônicos. "Estamos sempre atentos nessa situação. O número não está em grande quantidade como de outras vezes. Nossas ações não se limitam ao confronto, já que sempre é prejudicial. Já perdemos quatro policiais militares nessas situações. O que estamos trabalhando é o uso inteligente da logística que a Febraban [Federação Brasileira dos Bancos] faz dessas agências. Colocar muito dinheiro em lugares desprotegidos não é o indicado, por exemplo", explica Garamboni.

DIFERENÇAS - Há dois anos a Polícia Militar fez uma divisão em algumas de suas categorias de trabalhos. O Gate - Grupo de Ações Táticas Especiais - da PM agora trabalha apenas em ocorrências com reféns - o que pode acontecer de ter uso de bomba, por exemplo. O Esquadrão de Bombas está encarregado de trabalhar a questão do uso de bombas pelos criminosos em ações em que não há reféns, como a de ontem na Avenida Itavuvu, em Sorocaba. O sargento Ruiz explica que 90% das ocorrências são explosivos em agências bancárias; outras situações são localizações aleatórias de outros artefatos, como granadas e morteiros.

Fonte: Diário de Sorocaba

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