A partir da prisão ocorrida quarta-feira (15) por policiais militares de um homem supostamente envolvido com furtos a caixas eletrônicos, a Polícia Civil vai investigar qual seria sua função na realização dos crimes, bem como saber se o material apreendido, com dados como rotas de fuga e até mesmo distância do banco a bases policiais, corresponde a ações já efetuadas, ou ainda a serem feitas. Foi por meio de uma denúncia anônima, de que um homem que teria envolvimento com quadrilha de furto a caixa eletrônico estaria num condomínio de apartamentos da rua José Tótora, no Central Parque, que os PMs cabos Fernandes, Nascimento e Bizar, da Força Tática, chegaram até Rafael Leite Pedroso, 25 anos. Com ele foram apreendidos R$ 4.382, vários celulares e um Fiat Punto com placa falsa, mas cujo carro foi furtado em Itu dia 24 do mês passado. Mas o que realmente chamou a atenção dos PMs, foram as anotações, em folhas de caderno, com dados logísticos, como distâncias entre os bancos a serem atacados e as rodovias para rota de fuga, tempo estimado para a ação criminosa, e até mesmo distância das agências e bases policiais. Entre as diversas anotações, chamadas de "mapas do crime" pelos PMs, em duas haviam identificação de dois municípios: Cesário Lange e Pereiras. O acusado foi apresentado no Plantão Sul, onde a delegada Veraly Ferraz, entendendo a importância de manter Rafael Pedroso preso para que investigações mais aprofundadas possam ser feitas, solciitou à Justiça um pedido de prisão temporária. Além disso, ele, que já possui várias passagens por porte de arma, formação de quadrilha e até já respondeu por um assalto à joalheria no centro de Sorocaba, foi autuado em flagrante por receptação dolosa pelo veículo apreendido. Investigações Uma equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) foi também acionada para se inteirar da ocorrência e apreender o material obtido junto ao suspeito de envolvimento com os furtos a caixas eletrônicos. O delegado titular da unidade especializada, Acácio Aparecido Leite, disse que é comum as quadrilhas terceirizarem serviços, como por exemplo ter uma pessoa responsável por arrumar os carros a serem utilizados numa ação, e que entre as apurações, uma delas será a fim de saber qual seria a função exata de Rafael Pedroso. Outra linha de investigação será saber se os tais "mapas do crime" correspondem a ações já realizadas ou ainda a serem efetuadas. O delegado comentou que quadrilhas já agiram nas cidades de Cesário Lange e Pereiras.